Animais exóticos são uma ameaça ao equilíbrio ecológico da Ilha.
No dia 7 de fevereiro o ICMBio e a Administração da ilha, por meio de uma parceria com a FAB de Fernando de Noronha, encaminharam 6 calopsitas e 2 periquitos australianos de volta ao continente. Os pássaros foram acompanhados pela veterinária da Administração, Camila Cansian, para garantir a saúde dos animais.
Como estes animais não são da fauna nativa de Fernando de Noronha e têm potencial de se transformar em mais uma praga na ilha, competindo com as aves nativas de Noronha, foi feito um acordo com a dona dos animais para que os mesmos saíssem da ilha.
"No passado tivemos a introdução de outras aves, que ainda permanecem na ilha como os pardais, que hoje são considerados uma praga aqui na ilha e o galo da campina - que permanece na ilha mas ainda não se transformou em problema. Ambas espécies não pertencem a Noronha." - explica o analista ambiental Ricardo Araújo, que coordena o setor de pesquisa no ICMBio Noronha.
Recentemente o ICMBio também enviou para um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres da CPRH em Recife um Jabuti, que foi encontrado vagando por uma pousada na ilha. A entrega voluntária desses animais não enseja em nenhuma multa ou sansão penal ou administrativa.
Os Planos de Manejo da APA e do Parque, proíbem a entrada desses animais, mas com a edição do Decreto Distrital Nº 007/2022 a ilha ganhou um instrumento mais simples de ser compreendido e seguido por todos.
A entrada de quaisquer tipos de animais não pode acontecer, seja por via aérea ou por embarcações, podendo ser responsabilizados os donos dos animais como também as empresas de transporte.
O ICMbio solicita atenção das empresas e dos moradores para esta regra de proteção a fauna nativa de Fernando de Noronha seja seguida.
Por Clarissa Paiva - comunicação ICMBio Noronha