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  • Foto do escritorICMBio Noronha

Seca e alta acelerada no consumo levam Noronha ao pré-colapso no abastecimento de água

Empresários, turistas e moradores da Ilha são convocados a adotar urgentemente práticas de consumo consciente


Foto: Mariana Botão

Açude do Xaréu, responsável por 25% do abastecimento da Ilha está com apenas 5% da sua capacidade hídrica

A aceleração do consumo de água e a seca começam a afetar diretamente o abastecimento de água de Fernando de Noronha, que voltou ao rodízio de 1/5 (1 dia com abastecimento e 5 dias sem água na rede de cada bairro). A situação chamou atenção do ICMBio, órgão gestor das duas Unidades de Conservação que cobrem todo o arquipélago (Área de Proteção Ambiental e Parque Nacional Marinho).


Hoje a água que abastece Fernando de Noronha vem 65% do processo de dessalinização a água do mar; 25% do Açude do Xaréu e 10% de poços. A chefe do ICMBio, Lílian Hangae, chama atenção para a complexidade em encontrar uma solução viável, já que a crise hídrica tem ligação direta com a geração de energia, e o limite populacional de moradores e visitantes na Ilha: "Se o processo de dessalinização consome 20% da energia da Ilha, que já está no limite operacional, não dá simplesmente para pensar em aumentar o número de dessalinizadores" - destaca. 


Ao longo de toda a quarta-feira, 10, a equipe do ICMBio esteve em reunião e vistorias com a Companhia de Águas e esgotos de Pernambuco – Compesa. A Companhia vem realizando campanhas educativas reforçando o uso sustentável do recurso, inclusive no aeroporto da Ilha, mas é consenso de que é preciso uma mobilização coletiva para a causa. 


Histórico:

Em abril de 2022, quando a Ilha saiu totalmente do rodízio de abastecimento após a entrega do novo dessalinizador, a produção de água era de 59.464 mil metros cúbicos por dia, entregues para toda a Ilha.  Em junho de 2023, quando o rodízio precisou ser novamente estabelecido, a demanda por água já era bem maior: 66.385 metros cúbicos distribuídos por dia – um avanço de mais de 11% no consumo. Apesar do rodízio, a demanda por água seguiu crescendo e em dezembro o consumo total já era de 68.775 metros cúbicos, provocando rodízio no regime de 1/4. Agora em janeiro de 2024 o abastecimento já chega ao rodízio de 1/5. “Estamos preocupados com o avanço populacional e do consumo aliado à seca que atinge o açude do Xaréu. Já estamos trabalhando no limite operacional; o que me obriga a paralisar o abastecimento de toda a ilha quando é necessário fazer alguma manutenção na Usina de Dessalinização” – afirma Artur Santos, diretor local da Compesa. 


Consumo consciente nas empresas:

No site da Compesa é possível encontrar publicações com dicas de consumo consciente, além de orientações específicas para quem oferece serviço de hospedagem e alimentação: 


1- Economize água na cozinha, principalmente na hora de lavar a louça:  Lavando “de pouquinho em pouquinho”, quando não há necessidade, você poderá desperdiçar em torno de 14 litros de água.


2- Economize água nos banheiros: É ideal instalar nos banheiros torneiras e sanitários com baixa ou vazão controlada com temporizadores. Esses equipamentos chegam a economizar em torno de 40% de água.


3- Revise as instalações hidráulicas periodicamente: um cano com furo de apenas 1 milímetro pode desperdiçar 62.000 litros de água por mês. Já uma torneira com gotejamento despeja em torno de 1.500 litros mensais. Em outras palavras, você pagará por uma grande quantidade sem uso.


4- Planeje adequadamente as rotinas de limpeza: Na hora de fazer lavagens como a do piso, que são essenciais e muito frequentes em estabelecimentos de alimentação, prefira a utilização de baldes e esfregões.


5- Reaproveite a água da chuva: Alguns estabelecimentos, especialmente aqueles que têm adotado uma postura mais sustentável, estão investindo em iniciativas para coletar água da chuva.


6- Treine a equipe do restaurante para ter consciência na utilização da água: Procure engajar sua equipe sobre a importância da boa utilização da água do ponto de vista econômico e ambiental.


7- Cuidados com a piscina: Caso o hotel tenha piscina, não é preciso esvaziá-la para cortar os gastos. Ao fazer a limpeza e manutenção da piscina frequentemente, diminui-se a necessidade de esvaziamento. Além disso, atenção a vazamentos e equipamentos quebrados que podem desperdiçar água, pode reduzir os custos.


8- Avisos e recados de conscientização: Alguns hotéis deixam recados nos quartos de forma que não incomodem os hóspedes, mas que cumpram o dever de conscientização.


9- Reguladores de água: A instalação de reguladores de água em torneiras e de chuveiros mais econômicos diminuem a evasão de água, sem interferir no conforto e comodidade do hóspede.


10- Inspeção de vazamentos e goteiras: Por serem grandes estruturas, às vezes os hotéis não se dão conta da quantidade de vazamentos de água que podem ter. Por isso, é importante averiguar esses vazamentos e checar se há a necessidade de trocar encanamentos, torneiras e outras equipamentos.


Pelo link:  https://servicos.compesa.com.br/wp-content/uploads/2017/09/folder-cuidar-da-agua-v4.pdf  também é possível baixar uma cartilha com dicas para evitar desperdício em residências.










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