O estudo que avalia população de Aratus tem parceria com o grupo de Pesquisa PELD ILOC
Foto: Acervo ICMBio-FN
Até a próxima sexta-feira, 29, pesquisadores de Fauna do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio – de Fernando de Noronha realizam atividades de campo para coleta de dados sobre o Caranguejo Aratu (Grapsus Grapsus). O trabalho acontece nas praias do mar de dentro e de fora.
“Essa pesquisa é feita em conjunto com o grupo de pesquisa do Programa Ecológico de Longa Duração nas Ilhas Oceânics, o PELD ILOC. O monitoramento é feito pra avaliar a população de aratus aqui na ilha em termos de tamanho, quantidade, saúde e estação”, disse Taysa Rocha, bolsista e pesquisadora de Fauna.
Foto: Bruna Revori
No Brasil, o Aratu é encontrado apenas em ilhas oceânicas, ou seja, Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo, Atol das Rocas e no Arquipélago da Trindade. Nesta etapa do monitoramento, em Noronha, foram escolhidas as praias da Caieira, Boldró, Sancho e Ponta das Caracas.
“A gente captura os animais, faz a biometria e a marcação individual. Através de um programa de computador conseguimos identificar um a um por fotos. Esse animal possui uma identificação na carapaça, que funciona como marcação digital única para cada indivíduo. Isso possibilita o acompanhamento de um mesmo animal ao longo de expedições”, explicou Rocha. Após as medições, os aratus são devolvidos ao seu habitat natural.
A atividade de campo conta com auxílio de voluntários. Quem tiver interesse de participar pode entrar em contato com o setor de pesquisa através do e-mail [email protected] ou pelo instagram @icmbionoronha.
Capacidade de regeneração
Embora a pesquisa esteja em andamento, algumas descobertas já chamam atenção dos pesquisadores, como a capacidade de regeneração dos Aratus. No ano passado, o monitor do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Gleibson Silva, flagrou o momento exato de troca de carapaça, cientificamente conhecido como ecdise. O registro foi feito na Praia do Atalaia.
Veja o vídeo:
Por Giselle Vasconcelos - comunicação ICMBio Noronha