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  • Foto do escritorICMBio Noronha

Mais de 23 quilos de Caramujo Africano foram recolhidos durante mutirão

A ação foi realizada na Vila do Trinta e contou com a participação da comunidade


Foto: Victória Nascimento


O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio- e a Administração Distrital de Fernando de Noronha realizaram, na última terça-feira (16), um mutirão para enfrentar a proliferação do caramujo gigante africano, na Vila do Trinta, em Fernando de Noronha. No total, foram descartados 23,275kg do molusco. A ação contou com a presença dos moradores.


A fotógrafa e moradora de Fernando de Noronha, Zaira Matheus, participou do mutirão. Para ela a presença da comunidade é essencial para o combate da praga.


“É muito importante que toda a comunidade participe, porque essa infestação não é brincadeira. Você encontra caramujo de todos os tamanhos e em vários lugares. Eles realmente chegaram de uma forma muito agressiva aqui na Vila do Trinta. Acho que se a comunidade não chegar junto nessas ações do ICMBio e da vigilância sanitária a gente não vai conseguir conter. Então, é um apelo que a gente faz, né, para que todo mundo participe”, disse Zaira.


O Caramujo Gigante Africano (Achatina Fulica) é uma espécie exótica invasora, que tem se multiplicado rapidamente em Fernando de Noronha. Segundo João Victor Sulino, pesquisador do programa GEF- Pró-Espécies para ações de Detecção Precoce e Resposta Rápida a Espécies Exóticas Invasoras, a presença desses moluscos tende a aumentar durante o período chuvoso, pois preferem ambientes úmidos e encontram maior disponibilidade de alimento e condições para reprodução.


“Além dele ser um herbívoro generalista, que se alimenta de mais de 500 espécies de plantas, ele também transmite duas doenças, uma infecção que dá na cabeça e uma no estômago. Então, além de uma questão ambiental, ele também é uma questão de saúde pública. Por isso que a gente fez a catação manual dele, que é um dos métodos de controle”, relatou Sulino.


O pesquisador alertou que o trabalho para o combate dos Caramujos Africanos deve ser feito de forma contínua. “Peço para a comunidade, que não só nos mutirões, mas quando ver o caramujo africano nos terrenos faça a coleta. Se não conseguir eliminar de forma correta, coloca no saco ou no balde e acione a Vigilância Sanitária de Noronha", orientou. O protocolo de prevenção, eliminação e descarte está disponível no site do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.





Por Giselle Vasconcelos - comunicação ICMBio Noronha






Fernando de Noronha - Noticias Imagem - Site Noronha
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