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  • Foto do escritorICMBio Noronha

ICMBio suspende atividade de flutuação no Sueste

As atividades no mar poderão ser retomadas conforme análise dos dados do monitoramento aéreo ao longo dos próximos meses.

Foto: Bruna Roveri

A partir desta sexta-feira, 16, a prática de flutuação na Baía do Sueste está suspensa. O banho já estava suspenso desde janeiro deste ano. A decisão foi tomada considerando o protocolo vigente desde março, quando começou a reabertura gradual da praia.


"O nosso protocolo de reabertura prevê que haja a suspensão da atividade quando houver avistamento de tubarão-tigre, chuva forte, alta turbidez da água e abertura do mangue. Diante da frequência com que o avistamento tem acontecido, a suspensão das atividades na água ocorrem de forma preventiva" - explica a chefe do ICMBio Noronha , Carla Guaitanele.


O relatório mais recente, gerado a partir de imagens aéreas, atesta o avistamento de tubarões-tigre na baía em comportamento de alimentação. Em 18 dias, com vôos durante uma hora por dia, o monitoramento por drone registrou 6 vezes a presença do animal. Os dados foram obtidos por Rihel Venuto (mestre em oceanografia biológica) e Fabio Borges, (fotógrafo de natureza) que se voluntariaram para a atividade mantendo um padrão de vôos e anotações desde o dia 24 de novembro.

Video: Rihel Venuto


É importante ressaltar que um quarto das espécies de tubarão são ameaçada de extinção, classificadas como criticamente ameaçadas, ameaçadas ou vulneráveis, de acordo com os critérios da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), e que Noronha é atualmente um dos principais destinos para o mergulho com tubarões no Brasil.


A chefe do ICMBio Noronha, Carla Guaitanele, explica que o fechamento é temporário e destaca as ações que foram tomadas ao longo de 2022 na operação do atrativo turístico como a capacitação da equipe, ampla comunicação com a comunidade, pesquisa e protocolo de visitação.

Foto: Rihel Venuto

ECOSSISTEMA


A Baía do Sueste é um ecossistema rico em biodiversidade, e guarda o único mangue em ilhas oceânicas do Atlântico Sul. Nas ilhas secundárias Cabeluda e do Chapéu há ninhais de aves marinhas como o rabo-de-junco e o atobá-de-pé-vermelho, espécies também ameaçadas, que encontram ali segurança para se reproduzir. A Baía também é área de alimentação e reprodução de tartarugas. A visitação ao Sueste pode ocorrer das 9h às 17h, diariamente.




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