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ICMBio Noronha divulga 5 pesquisas realizadas no Parque Nacional Marinho de FN


O ICMBio Noronha realizou, na última semana (05 a 10 de junho), uma série de divulgação das pesquisas realizadas no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.


Foto: arquivo ICMBio

Peixe leão


Na segunda-feira (06/06), o analista ambiental Ricardo Araújo explicou como está a pesquisa sobre o peixe-leão, espécie invasora que ameaça a biodiversidade marinha. O animal chegou em Noronha em 20/12/20 e, desde então, passou a ser acompanhado pela equipe de pesquisa do ICMBio. Atualmente, está sendo feito o monitoramento e manejo da espécie. Com isso, é possível acompanhar o seu estágio de evolução e avaliar possíveis “atitudes” futuras.


As espécies encontradas são capturadas por dois motivos: para evitar a sua reprodução e para a realização de estudos. Os colaboradores do ICMBio, com apoio das empresas de mergulho de Fernando de Noronha, capturam os animais e enviam para universidades do nordeste, do Rio de Janeiro e de Miami.


De acordo com Ricardo, como o nível de infestação não é alto, ainda não é permitido o consumo do animal. E caso alguém seja atingido, o ideal é lavar a pele com água morna.


Raias


Na terça-feira (07/06) foi a vez das raias de Noronha. A bióloga e doutora Sibele Mendonça — que há 10 anos pesquisa o comportamento de raias no arquipélago de São Pedro e São Paulo — explica as particularidades desta espécie em Fernando de Noronha.


Existem sete espécies na ilha, dentre elas a mais vista é a raia prego, também chamada de raia manteiga. As mais raras de avistamento são a raia chita e a raia manta porque são espécies migratórias. “Elas são dóceis, só se defendem caso alguém toque ou persiga, o que não recomendamos”, destaca Sibele.


Fauna e flora


No episódio de quarta-feira (08/06), foram abordados temas como a fauna e a flora de Noronha. Tivemos a participação de três colaboradores do ICMBio.


A cientista ambiental Rosana Andrade explicou sobre a história da flora, com destaque para a chegada das sementes via correntes oceânicas. Logo, a vegetação foi surgindo naturalmente, mas também houve a introdução de espécies invasoras, que impactam tanto a flora quanto a fauna porque muitos animais fazem ninho ou se alimentam de frutos de espécies nativas e endêmicas.


Por falar em fauna, o biólogo Lucas Penna deu detalhes sobre as espécies presentes na ilha. São cerca de 600 espécies terrestres e 600 aquáticas, sendo grande parte de insetos, peixes e moluscos. Toda essa abundância de indivíduos e o isolamento da ilha são importantes pois garantem uma grande representatividade da região do Atlântico.


O ambiente também é favorável para abrigar espécies ameaçadas de extinção. No entanto, ainda é preciso lidar com diversos fatores que impactam a fauna, como a influência antrópica e as espécies invasoras, como detalha a médica veterinária Taysa Rocha.


Dentre todas as espécies de fauna exótica, três causam mais impacto: o gato doméstico, que se alimenta da mabuya (único réptil endêmico de Noronha); o teju, um lagarto que foi introduzido na ilha e é um grande predador de aves nativas e endêmicas, da flora exótica, de ovos e filhotes de tartaruga e do caranguejo amarelo; e o rato, que é controlado via desratização em parceria com a vigilância ambiental.


Tartarugas Marinhas


Na quinta-feira, o biólogo e doutorando Armando Barsante, levantou o debate sobre as mudanças ambientais e a vida das tartarugas marinhas. Ele pesquisa se o aumento da temperatura do planeta afeta a definição do sexo do animal. Ao todo, já foram coletadas mais de 8 mil amostras genéticas de filhotes que serão enviadas para análise na Florida State University, além do rastreamento com telemetria via satélite de 20 machos. O biólogo também faz recomendações aos visitantes sobre a conduta consciente ao encontrar ninhos de tartarugas nas praias.


Projeto Ecológico de Longa Duração


No último episódio, publicado na sexta-feira (10/06), foi apresentado o Projeto Ecológico de Longa Duração das Ilhas Oceânicas (PELD ILOC), que atua há sete anos pesquisando espécies marinhas. O projeto realiza o monitoramento de longa duração nas comunidades recifais nas ilhas oceânicas: Fernando de Noronha, Atol das Rocas, São Pedro e São Paulo e Trindade. Para isso, são realizadas expedições anuais para cada uma das ilhas oceânicas. A apresentação do projeto foi feita pela bióloga Marina Sissini.


Dentre os assuntos levantados pelo grupo estão as possíveis alterações do ecossistema, se naturais ou oriundas da ação humana. Também foram avaliados os dados de 26 espécies da comunidade de peixes recifais, onde 9 delas apresentaram abundância estável e 17 tiveram apresentaram diminuição.


Outro dado importante foi a constatação de uma anomalia térmica — aumento da temperatura do mar — que causou o aumento de cianobactérias. O grupo também observou que os principais componentes das comunidades bentônicas são as macroalgas. Essas e demais informações detalhadas sobre o estudo podem ser acessadas no site da PELD ILOC.



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