top of page

Arquipélago de Fernando de Noronha é reconhecido como “Hope Spot” pela Mission Blue

  • Foto do escritor: ICMBio Noronha
    ICMBio Noronha
  • 31 de out.
  • 4 min de leitura

“Áreas de esperança” é o título que destaca regiões marinhas de grande relevância para a biodiversidade



Foto: Fábio Borges

ree


O Arquipélago de Fernando de Noronha conquistou, nesta quinta-feira (30), o título de Hope Spot (Ponto de Esperança), um importante reconhecimento internacional concedido pela organização global Mission Blue. A titulação destaca regiões marinhas de grande relevância ecológica, cultural e científica, consideradas essenciais para a conservação dos oceanos e da biodiversidade do planeta.


O presidente do Instituto Vida no Oceano e do Projeto Tubarões e Raias de Noronha, Fábio Borges, e a coordenadora do Projeto Tamar em Noronha, Rafaely Ventura, foram reconhecidos como os Campeões do Hope Spot (Hope Spot Champions).


A Mission Blue é uma instituição internacional fundada e liderada pela oceanógrafa Sylvia Earle, que tem como objetivo criar uma rede mundial de áreas marinhas importantes, reforçando a necessidade de proteção desses locais.


“Fernando de Noronha é um dos ambientes mais extraordinários do Atlântico tropical. Suas águas translúcidas e vida marinha abundante fazem dele um verdadeiro santuário de biodiversidade. Aqui, um mosaico de ecossistemas existe em delicado equilíbrio - recifes de corais, costões rochosos, fundos arenosos, campos de algas, canais profundos e zonas de transição oceânica”, disse a Dra. Sylvia Earle, fundadora da Mission Blue.


Foto: Rafael Lins

ree

O processo de candidatura foi conduzido pelo Núcleo de Gestão Integrada NGI do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Fernando de Noronha, junto com pesquisadores e parceiros locais.


A documentação submetida à Mission Blue apresentou um panorama detalhado sobre a biodiversidade, a história e o contexto socioambiental de Noronha, incluindo os montes oceânicos ao redor da ilha - Banco Sueste, Monte Leste e um monte localizado a oeste do arquipélago - reconhecidos como áreas de grande importância ecológica.



“A designação de Fernando de Noronha como Hope Spot fortalece o trabalho de cientistas, instituições públicas, organizações da sociedade civil e comunidades locais que há décadas se dedicam à preservação deste lugar especial”, afirmou a Dra. Earle.

De acordo com Fábio Borges, um dos escolhidos para receber o reconhecimento de Campeão Hope Spot, o título é fruto de um trabalho coletivo.


“Foi um processo desafiador, com várias etapas e muita pesquisa, mas é muito gratificante chegar ao final e ver que deu tudo certo - que Noronha tem agora esse reconhecimento importante, conquistado de forma conjunta. É só felicidade por chegar a esse momento”, comemorou Borges.


Para Rafaely Ventura, coordenadora do Projeto Tamar em Fernando de Noronha, o arquipélago merece o reconhecimento.


Foto: Rafael Lins

ree

“Aqui é um território único, onde a beleza das paisagens se encontra com a riqueza da vida marinha. Essas condições fazem do arquipélago um dos melhores lugares do mundo para pesquisa científica, conservação da natureza e educação ambiental, preservando berçários naturais e áreas de alimentação e reprodução de espécies como tartarugas, raias e tubarões. Proteger esse patrimônio é um compromisso coletivo, garantindo que as futuras gerações possam descobrir e se encantar com a vida marinha de Noronha”, destacou Rafaely Ventura.


O Agente Temporário Ambiental (ATA) do ICMBio-Noronha, Lucas Penna, também participou ativamente da construção da proposta. Ele destacou o caráter global da iniciativa e a importância do arquipélago nesse contexto.


“O Hope Spot é um reconhecimento internacional para locais de alta relevância marinha. Estar nesse grupo é muito significativo. Mostra que Noronha é um ponto importante não só para a biodiversidade local, mas para o planeta inteiro”, afirmou Penna.


Segundo Borges, o título amplia as possibilidades de cooperação científica e financiamento de pesquisas no arquipélago. “Esse selo coloca Noronha no mapa de financiadores e instituições de pesquisa do mundo todo. É um reconhecimento que abre portas para parcerias com universidades brasileiras e internacionais, expandindo a possibilidade de financiamento e a realização de estudos sobre biodiversidade e conservação marinha”, comentou Borges.


Foto: Rafael Lins

ree

A conquista reforça o papel do ICMBio e das Unidades de Conservação marinhas do Brasil no cenário internacional. De acordo com a chefe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) do ICMBio de Fernando de Noronha, Lilian Hangae, além da relevância científica, a titulação também fortalece o compromisso de Noronha com o turismo sustentável.


“A conquista de se tornar uma Área de Esperança no mundo foi fruto de um trabalho conjunto, mostrando que as ações locais contribuem para os esforços globais de proteção ao oceano. Nossa missão é continuar trabalhando para reconectar a ilha com o público que busca experiências transformadoras em contato com a natureza”, relatou Hangae.


Neste sábado, 1º de novembro, será realizado um workshop organizado pela Mission Blue, no Rio de Janeiro, com a participação de representantes do ICMBio e pesquisadores de Noronha. O evento reunirá outros Hope Spots brasileiros — como Abrolhos, Alcatrazes e Cagarras — para compartilhar experiências e planejar ações conjuntas voltadas à educação ambiental, à ciência e ao turismo de qualidade.


“Em cada Hope Spot, diferentes atores participam, incluindo ONGs, universidades, órgãos do governo e a sociedade civil”, explicou Penna.


Com esse novo título, Fernando de Noronha reafirma sua importância socioambiental para a conservação marinha e avança para se tornar uma referência em sustentabilidade, pesquisa e esperança para o futuro dos oceanos.






Por Giselle Vasconcelos - comunicação ICMBio Noronha

e Caroline Oliveira - voluntária comunicação ICMBio Noronha






ree

 
 
Fernando de Noronha - Noticias Imagem - Site Noronha
bottom of page