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Fundação Tamar registra recorde em Fernando de Noronha: 429 ninhos de tartarugas-verdes

O último recorde foi registrado no período de 2016-2017, quando teve 425 ninhos. A Fundação Projeto TAMAR faz o monitoramento de ninhos desta espécie em Noronha desde 1984.


foto: Chico Bala

Por Sabrina Stieler

A temporada reprodutiva das tartarugas-verdes em Noronha ocorre entre os meses de dezembro a junho. Os machos migratórios retornam à ilha todos os anos para copular, já as fêmeas, em média, retornam à ilha a cada três anos. Segundo o pesquisador Armando Barsante, doutorando pela Universidade Estadual da Flórida (EUA), que realiza trabalho de pesquisa na Ilha em parceria com Fundação, as fêmeas têm um gasto energético muito grande na reprodução, tendo que subir até as praias e fazer o ninho. Cada tartaruga coloca em média 100 ovos por ninho, sendo que uma fêmea pode desovar mais de uma vez durante o mesmo período reprodutivo em média 6 vezes, com um intervalo de aproximadamente 12 dias. Para se ter uma ideia, já foi registrado a desova de uma única fêmea 11 vezes na mesma temporada.


Para mais informações acesse o site projetotamar.org.br


Aquecimento global e as tartarugas


No cenário de mudanças climáticas que o planeta vive, existe uma tendência de aquecimento global o que está provocando o nascimento de mais tartarugas fêmeas do que machos. “Isso porque as tartarugas tem a determinação sexual dependente da temperatura da areia, quanto mais quente, mais fêmeas nascem”, explica Armando, doutorando sobre a temática. Segundo o pesquisador, o aumento de fêmeas, em um primeiro momento, pode ser positivo por provocar o crescimento acelerado da população de um animal classificado como quase ameaçado de extinção, por outro lado, a longo prazo, se tiver somente fêmeas a população pode colapsar.


Diante deste cenário, outras informações são relevantes para compreender mais sobre as questões de reprodução das tartarugas-verdes. “Estamos em um segundo momento da pesquisa que busca entender quantas fêmeas um macho consegue fertilizar e quantos machos pode ter em um ninho de uma fêmea”, explica Armando. Esses dados são extraídos a partir de material genético dos animais. É coletado amostras da mãe, do filhote e das tartarugas machos para fazer a comparação genética.


A pesquisa para o levantamento destes dados está no quarto e último ano na Praia do Leão, no Parque Nacional Marinho de Noronha. Porém a Fundação Projeto Tamar dará continuidade ao trabalho de monitoramento nas próximas temporadas.







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