Informações sobre a pesca em Noronha são coletadas diariamente e compõem banco de dados nacional.
A equipe responsável pela área de pesca do ICMBio de Fernando de Noronha se reuniu com pescadores na noite desta terça-feira (07), para entrega de resultados do monitoramento da pesca que é realizado diariamente no porto da ilha. Os dados integram o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade - Programa Monitora.
A devolutiva ocorre a cada três meses, período em que voluntários da área encerram seus trabalhos junto ao ICMBio de Noronha. Para a voluntária Larissa Franklin, o monitoramento pesqueiro é importante e só é possível por causa da colaboração dos pescadores. “Esse tipo de trabalho só existe porque esses pescadores informam sobre suas atividades, e, assim, contribuindo tanto para a conservação, quanto para garantia de seus direitos”, opina. O pescador Bruno da Silva também avalia de forma positiva o monitoramento, que “é importante não só para a atividade de pesca, mas para saber sobre as espécies de peixes que tem na ilha e suas quantidades”. Na ocasião, também foi entregue o “Caderno de Registro do Pescador” com os dados individuais coletados ao longo do ano de 2022, como a quantidade de peixe, espécies pescadas e local da pesca, além do mapa da sardinha, principal isca usada pelos profissionais.
Encontros como este também fortalecem a gestão participativa, como explica Gabriela Zeineddine, uma das responsáveis pela área. “É um momento que também serve para aproximar os pescadores do Instituto, auxiliando na gestão da pesca de Noronha, onde damos retorno a eles e espaço para que tragam suas opiniões”.
Durante o encontro também foi solicitada atenção ao peixe-leão, espécie invasora na ilha, ao cadastramento de embarcações pesqueiras e ao monitoramento da pesca nas praias, que iniciará na próxima segunda-feira (13).
Programa Monitora
O Programa estabelece diretrizes para o monitoramento da biodiversidade e ecossistemas de unidades geridas pelo ICMBio. O monitoramento permite avaliar as ações realizadas e suas respostas ao ambiente envolvido e os impactos que tais áreas sofrem, como alterações em seu equilíbrio ecológico. A partir desse tipo de ação é possível criar estratégias para manter ou criar boas práticas de conservação envolvendo pesquisadores, gestores e a comunidade local.
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